Lesões

A dor está presente na maioria das práticas esportivas, porém é necessário ter um entendimento do momento certo em que se deve parar, para que não haja nenhuma maior complicação física. O reconhecimento e o respeito com o próprio corpo vão ser formas nas quais poderemos ser capazes de visualizar esses possíveis contratempos em decorrência da corrida.

E para isso, separamos 2 dos principais sinais que o seu corpo pode sinalizar durante a corrida e que é preciso ficar atento, para que não haja maiores prejuízos físicos futuros, como uma lesão ou alguma complicação, por exemplo.

→ Acúmulo de Ácido Lático

Quando o ácido lático se acumula em níveis elevados no sangue e nos músculos, cria uma acidez chamada acidose lática, que pode causar fadiga muscular e, em níveis elevados, interferir na recuperação muscular. Seu acúmulo resulta em uma sensação de queimação de dores musculares.

→ Dor “embaixo das costelas”

Decorre de uma série de fatores, como:

  • → Alta intensidade nos primeiros minutos: pode causar uma sobrecarga no diafragma, músculo responsável em parte da captação de oxigênio, na qual acaba tendo que realizar um número maior de contrações do que deveria.
  • → Respiração inadequada: : quando não há respiração suficiente, a absorção de oxigênio é limitada devido à ação do diafragma, por isso é importante que haja uma coordenação entre o volume e quantidade de passadas com o tempo de respiração.
  • → Distúrbios gastrointestinais: O excesso de alimentos antes da prática da corrida pode atrapalhar a função do diafragma também, uma vez que devido suas contrações podem acabar por comprimir órgãos como o intestino e o estômago.

O que seriam essas lesões?

As lesões, no atletismo, são decorrentes de uma força aplicada numa determinada área do corpo, que devido a ser de grande intensidade, proporciona uma desestabilização das estruturas envolvidas, ocasionando a lesão.

Sendo acarretadas por um conjunto de fatores, como os intrínsecos (idade e sexo, condição física do atleta, peso, estatura) e extrínsecos (frequência, percurso e local, tipo de calçado). Ademais, os aspectos psicológicos também colaboram para a ocorrência dessas, visto que quando um atleta está com a percepção alterada, ou seja, com pensamentos negativos, falta de confiança e de atenção, além de uma tensão muscular gerada devido a ansiedade. Esse se tornará vulnerável, ocasionando a uma predisposição para o surgimento de fraturas.

Dessa forma, infere-se que quando não há uma harmonia entre essas causas e o tipo de prática, o índice de aparecimento de lesões desportivas, como distensão/estiramento, tendinite, torção e contratura, será elevado.

Por fim, segundo especialistas, o melhor meio para evitar uma lesão é a prevenção e para isso são necessários ajustes na rotina esportiva dos corredores, tais como: utilização de equipamentos, locais, roupas e calçados adequados, além de treinamentos eficazes e individualizados elaborados por profissionais qualificados para que esses possam auxiliar no controle de volume e frequência dos treinos.

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Tipos de lesões

Abordando agora sobre lesões com maior incidência entre os praticantes, buscamos o artigo "Lesões com maiores incidência em corredores de rua amadores da cidade de Bauru, SP", elaborada pela Educadora Física e Fisioterapeuta - Maira Cury.

A partir dessa pesquisa com 32 corredores de rua amadores, as 4 lesões com maior incidência são: inflamação no joelho, tendinite no tendão de Aquiles, estiramento muscular na coxa e canelite.

→ Inflamações no Joelho: ruptura do ligamento cruzado anterior. O ligamento cruzado anterior, que conecta a tíbia ao fêmur, é capaz de proteger o joelho de importantes movimentos. A ruptura desse ligamento é causada pela entorse e pode levar à cirurgia do joelho, na maioria dos casos. Por isso é tão temida entre os atletas. A recuperação após cirurgia do joelho, leva em torno de 6 a 8 semanas.

Inflamações no Joelho

→ Ruptura do ligamento cruzado posterior: o ligamento cruzado posterior é responsável por prevenir a rotação externa da tíbia e impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur. Quando o ligamento é rompido ocorre instabilidade do joelho, resultando em fortes dores.

Ruptura do ligamento cruzado posterior

→ Tendinite Patelar: é uma lesão de sobrecarga do tendão que liga a patela (rótula) ao osso da canela (tíbia), e transmite a força da musculatura da coxa para a extensão do joelho.

Tendinite Patelar

→ Tendinite no tendão de Aquiles: tendinite ou tendinopatia de Aquiles é a inflamação de um grande tendão, localizado no tornozelo, que liga o músculo da parte de trás da perna (panturrilha) ao calcanhar.

Tendinite no tendão de Aquiles

Existem dois tipos:

  • → Tendinopatia insercional: é aquela que se desenvolve na porção inferior do tendão, bem onde ele se junta ao osso do calcâneo.
  • → Tendinopatia não-insercional: é aquela tendinopatia que surge em sua região média. Pode haver também calcificação dessa região (depósitos de cálcio), sendo popularmente conhecida como tendinopatia calcânea.

→ Estiramento muscular na coxa: o estiramento muscular é a lesão que acontece quando um músculo se estica em excesso, rompendo as fibras musculares, o que é mais comum após um esforço físico excessivo. Assim que acontece o estiramento, a pessoa pode sentir uma dor intensa no local da lesão, além de também se notar uma diminuição da força muscular e da flexibilidade.

Estiramento muscular na coxa

→ Canelite: chamada de síndrome de estresse do medial tibial. A canelite é uma condição que faz com que o paciente sinta dor em sua canela, na parte da frente do osso tíbia. Essa dor é causada por uma inflamação nos tendões, músculos e no próprio osso tíbia.

Canelite